MCA Centenaire

O MCA Centenaire é o primeiro carro esportivo da empresa, preparado em 1989 para o 100º aniversário (em homenagem a este evento o carro é nomeado) do Automóvel Clube Nacional de Mônaco, que foi patrocinado pelo próprio Príncipe Rainier III (o organizador do Rally de Monte Carlo e Grande Prêmio de F-1 em Mônaco).

Com construção feita à mão e uso de Kevlar e fibra de carbono, o MCA Centenaire valia meio milhão de dólares americanos.

História

O projeto foi supervisionado e dirigido pelo engenheiro aeronáutico Carlo Citi, que gerou muitos carros de corrida que frequentemente eram bem-sucedidos. Chiti tinha uma experiência considerável, tanto que desenhou vários Ferraris de Fórmula 1 que venceram o Campeonato do Mundo, e durante vários anos foi o diretor técnico do departamento de corridas da Alfa Romeo, a quem garantiu vários Campeonatos Mundiais de Protótipos Desportivos.

Originalmente, foi planejado construir 100 exemplares, mas o interesse dos compradores foi muito menor e, no final, apenas cinco foram construídos: um desses modelos pertencia ao príncipe Ranieri, um foi pintado de branco e transferido para a Lamborghini sob um contrato de fornecimento de motor, um era vermelho, um em preto e dois em azul. Um dos azuis tinha capota rígida removível (como um targa) e não tinha para-choque traseiro, e também foi batizado de Beau Rivage, em homenagem ao famoso hotel de Monte Carlo.

Em 1993, a marca ganhou um novo dono, Alexander Mingrelia. O carro ficou conhecido como "MIG Tako M 100". “MIG é um acrônimo para Mingrelia e Geórgia. Esta é apenas uma das versões, pois foi de fato muito interessante. Houve informações de que Fulvio Ballabio em 1993, juntamente com um novo parceiro, concluiu um acordo com uma fábrica de defesa em Tbilisi, onde eram produzidas peças para caças MIG na época soviética. E sob a marca da recém-formada empresa "Georgia Automotive Mig Tako", foi planejado o início da produção de supercarros MIG nas instalações da empresa de defesa, bem como o lançamento da produção de componentes de carbono. Em 1993, os carros esportivos MIG tentaram competir nas 24 Horas de Le Mans, mas isso não terminou com sucesso devido à falta de dinheiro para terminar os carros.

Em 1995, o grupo de empresas Aixam-Mega comprou o projeto Centenaire. Como resultado, apareceu o Mega Monte Carlo, que foi apresentado no Salão Automóvel de Genebra de 1996.

Motor

Como usina foi utilizado um motor Lamborghini, para o qual Fulvio recorreu ao presidente da Lamborghini (que na época era propriedade da Chrysler), para que permitissem o uso de um V12 de 5 litros com 455 cv . do Countach 5000QV. Esta foi a única vez que a Lamborghini deu permissão a alguém para usar seus motores. Para o qual eles exigiram um modelo em seu museu.

Transmissão

O torque era transmitido às rodas traseiras por meio de uma caixa manual de 5 marchas. A velocidade máxima declarada era de 350 km/h, mas na realidade era de 305 km/h.

Chassis

O destaque do carro esportivo era o quadro e a carroceria. No total, foram necessários 5 anos de projeto e desenvolvimento para obter uma estrutura que garantisse a rigidez necessária para o novo motor. Para a construção do quadro, optou-se pela utilização de Kevlar e fibra de carbono com estrutura alveolar, tipo monocoque (foi o primeiro carro do mundo inteiramente feito desse material para vias públicas). Também tivemos que criar uma suspensão adequada, para a qual decidimos usar um design típico dos carros de F1 do tipo push-rod com barra estabilizadora.

Interior

Por dentro, o carro tinha interior em couro acolchoado, bancos tipo concha e ar-condicionado.

Fontes